Que seja doce!

"...Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante..." Caio.

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Local: Lapinha da Serra, Brazil

05 março 2008

I - Da poesia do amor

"É mais que retrato, é mais que figura – é mesmo uma alma repleta de bondade, que sem essa, não consigo me ver vivo. É porto seguro. É tudo." _ disse ele no e-mail inesperado em meio a todo o calor daquela noite de verão.
Ainda encantada com as palavras (mais belas do que aquelas de Mário Quintana), ela fecha os olhos.
Se imagina ao lado dele naquele momento. Sem barulho algum, sem gente por perto e sem o calor inquietante.
Ao lado dele, o mundo parece ser um lugar mais pertinente.
Com mais cores e mais poesia.
E todo final de semana é dia de festa.
Ao lado dele, é sempre primavera (e não há aquecimento global).
Relendo o e-mail, ela sorri e pensa: "sou o seu porto seguro, assim como ele é o meu!"
E não há nada maior do que a certeza da sintonia, do amor e da cumplicidade que já se fazem presentes desde a primeira vez.

02 março 2008

I - Dos sonhos que nem sempre são bons

As vezes os sonhos nos trapaceiam.
E nem sempre são cheios de cor e luz.
Tampouco fazem sentido. Mas acontecem, esporadicamente.
Não quero me recordar do último.
Aquele em que o amor achava o seu abrigo em outro sorriso.
Porque doeu aqui dentro. E tirou o sono, e o sorriso pela manhã.
Prefiro ficar em companhia dos mesmos sonhos de outrora.
Aqueles em que existe a casa singela de janelinhas azuis.
E o quintal com o pé de manga, onde Francisco insiste em tentar subir.
E todas as cores.
Porque o amor está e estará, inevitavelmente, aqui.
Assim como o OM. E como todos os outros sonhos.