Que seja doce!

"...Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante..." Caio.

Minha foto
Nome:
Local: Lapinha da Serra, Brazil

28 junho 2007

I - Do início



Lembrou que andava sempre desacompanhada por aqueles lados.
Às vezes ia bem cedo dar um mergulho no poço, ou apenas dava voltas em torno da praça.
Vez e outra sentava no pé do cruzeiro e jogava um pouco de conversa fora com os moradores do local.
Passava horas vendo o aglomerado de pulgões que tomavam sol junto à flor amarela e eram devorados um a um pela gigante joaninha.
Numa daquelas tardes, chegou ao poço com 17 minutos de atraso da ida habitual e viu ele sentado em uma das pedras que era contemplada por luz solar.
Procurou com os olhos a companhia dele ao redor...e (conforme suas preces) ele estava acompanhado somente de amigos (que provavelmente gostavam de poesia, música e manhãs mornas).
Não permitiu-se dentro de toda sua timidez sentar-se próxima a ele.... e se zangou quando percebeu que ele prestava atenção no assunto dela e dos amigos.
Mais tarde, na praça, titubeou um longo momento antes de emitir a primeira palavra, pensou em não se sociabilizar .
Foram tocar músicas, tomar vinho, apreciar o céu, o vento, e toda a magia do momento sem se olharem de perto...
Ele perguntou se ela sempre ia para aqueles lados da Lapinha. “Sempre!”. Ela queria ter dito pra ele vir em outras oportunidades, queria ter dito a época em que ela gostava de chegar naquele pedaço do céu, mas era tão previsível que acabou perguntando o nome dele, o que fazia, aonde morava....
Ele disse que se chamava Leandro. Ela emitiu uma risada, esperava que ele também risse... ele não tinha cara de quem se chamava Leandro....
Mas ele ficou quieto e depois de alguns silenciosos, envergonhados, doloridos, vastos segundos ele disse que havia a reparado desde a hora em que estavam no poço.
" Imagine... ” ela pensou.
Procurou um outro assunto por seguir.
Falou de sonhos, viagens, poesias.
E veio o silêncio que antecipa o beijo.
Tudo aconteceu como um sonho.
Ela pensou que jamais o veria novamente....mas no fundo sabia que teria ele para sempre.
Qualquer lembrança com ele lhe preencheria o dia. E faria feliz seu coração.


P.S - E até hoje faz, meu amor.
P.S² - Porque a Lapinha se tornou mais bela ainda quando te encontrei por lá.

21 junho 2007

I - Das cores do mundo


Naquela época o mundo era praticamente preto e branco.
As vezes havia algum esboço de cor. Coisa pouca, um esboço cor de rosa.
Mas não era nada que se aproximasse da realidade.
Talvez fosse pelo modo como a realidade se apresentava.
Dura. Solitária. Amarga.
O mundo real nunca pareceu algo bom.
Era tanta gente corrupta, tanta miséria, tantos sonhos desfeitos, que o esboço cor de rosa se tornava algo pertinente.
E ela pensava que o esboço de cor já era suficiente.
Entretanto, ele surgiu em uma noite de janeiro.
E trouxe novas cores. Muitas. Intensas.
Coloriu toda aquela solidão e mostrou a ela que a realidade não era tão dura quanto pensava.
Mostrou que as pessoas continuam a ser más. Mas existe um Deus enorme acima de tudo.
E que o bem sempre se sobressai.
Ainda hoje, ela chora diante de toda a podridão do mundo.
Mas olha pra ele e tem a certeza de que um dia isso tudo terá um fim.
Porque agora o mundo tem mais cor.
Agora tudo é possível.
P.S- Amor, ando um pouco assustada com o mundo, mas quando converso com você sei que tudo irá melhorar...

18 junho 2007

I - Da simplicidade do amor


O amor é simples.
Sim, é simples como as coisas mais belas.
No entanto, o fato de ser simples não quer dizer que seja fácil.
O amor não esta vinculado a regra alguma.
É a atuação discricionária de um agente que atinge a finalidade legal.
Pois bem, a finalidade legal do amor é ser feliz em dobro.
O "ser feliz em dobro" implica reciprocidade.
O amor não comporta traições e falsidades. E nele é vedado ferir princípios.
O amor de um só agente não condiz com o amplo conceito do amor.
É amor sozinho, platônico, incompleto.
O amor verdadeiro, para que assim seja, deve ser correspondido com a mesma intensidade.
Com a mesma cumplicidade e carinho.
E para isso não é preciso muito.
O amor não precisa de holofotes, tampouco de jantares elegantes, vinhos caros (apesar de ser uma boa opção, as vezes..rs)
O amor se revela nos momentos mais oportunos.
Se revela em um café as 06:00 horas da matina.
Em uma fogueira nas noites frias.
Nas belas canções do Los Hermanos.
No universo mágico da Lapinha.
O amor surge em uma noite de janeiro.
E dura por toda a vida.


P.S –Amo-te "pra sempre". Mesmo com aquela avaliação de direito administrativo se aproximando, não consigo parar de pensar em você.

15 junho 2007

Que uma coisa fique bem clara

Não é porque as mãos_devido a correria de final de semestre e pepinos no estágio_ deixaram de escrever,

que o coração deixou de sentir.
P.S - Amo-te Leo... sempre!

13 junho 2007

I - Da felicidade que agora vivo



Aquela senhora opulenta, chata, faladeira, sem modos, com cheiro de rosca de polvilho toca a campainha insistentemente e se intromete novamente em minha pequena sala no segundo andar.
Não espera Didi atendê-la e vai entrando, arrogante, olha com cara feia pra mim e esbraveja algo.
Permanece assim por alguns instantes, talvez contando "resumidamente" seus problemas, todas as angústias, queixas do serviço público...
E eu em pensamento falo: - Calma minha senhora, a vida é linda. Tanta coisa bonita pra se ver, tanta risada de criança pra se escutar....olhe aqui pra dentro, tenho a minha mesa cheia de fotos (e suspiros) que me trazem o meu amor.

PS: Porque eu não me recordo momentos anteriores a todos esses de 1 ano e 5 meses no qual estive tão feliz.

12 junho 2007

I - Do dia dos NAMORADOS


Hoje tudo há de ser dito ao pé do ouvido.




P.S - Porque estou contando os minutos para te encontrar depois deste dia corrido, amor.

11 junho 2007

I - Do Los Hermanos


Sem ter você

Alegria é olhar pro teu sorriso
E ter você sempre ao meu lado
Alegria é estar junto a você
E poder ser seu namorado, o seu namorado
Meu amor
não se vá
eu sofro tanto
sem ter você
Eu sofro tanto
sem ter você
Alegria é olhar pra sua boca
E poder ver sua pele macia
Alegria é poder olhar seus olhos
E dizer que será sempre minha, será sempre minha
Sem ter você
Sem ter você
Eu sofro tanto sem o seu amor

P.S - Porque mesmo se os meninos do Los Hermanos nunca mais fizerem shows, todas as músicas deles serão a nossa canção!

I - Da memória



"A memória é uma velha louca que joga comida fora e guarda trapos coloridos."
(Austin O'Malley - Escritor americano)

De todas as coisas que amo em você, sobressai as nossas divertidas lembranças.
Não me canso de passar horas a fio ao seu lado, lembrando dos nossos momentos felizes.
Afinal, estamos às vésperas do 2º dia dos namorados juntos!
Sempre recordamos dos dias frios na Lapinha. Da lua cheia nascendo no alto da Serra.
Do candombe da Dona Mercês e o banho de rio de manhazinha para celebrar a beleza do dia.
Do congado perto da gruta.
Do show do Cordel na praça da Estação (e os momentos de correria a pé, pelas ruas do centrão de Belo horizonte, depois do festejo)
Tenho uma pontinha de lembrança do Reveillon em Angra (apesar dos nossos desentendimentos naquela semana)..
Pra dizer a verdade, nem me lembro bem daquele Reveillon.
Tampouco do motivo de nossos desentendimentos..
Talvez tenha sido algo que antecedeu ao Natal e se agravou nele, não sei.
Mas também não me importa o motivo, porque de certo era qualquer besteira...
Não vale a pena recordar...
Me recordo das suas palavras bonitas.
De todas as outras viagens divertidas.
Dos sorrisos desenfreados.
Do show do Guilherme Arantes em frente ao hotel Malibu.
E do lual na praia (apesar da chuva).
Fico com todos aqueles momentos que fazem desta nossa união ser algo tão precioso.
E dispenso qualquer outra coisa que pense em me dizer o contrário.
Porque você é o amor da minha vida.

P.S – Só me dói assim um pouco, quando lembro que ainda faltam cinco dias para o próximo final de semana.

I - Das palavras de Caio, que igualmente a Drummond, sabe nos descrever muito bem


"..sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo. Meu Deus! como você me doía vez enquando. Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada, só olhando e pensando: Meu Deus! como você me dói vez enquando"
Caio.

08 junho 2007

I - Do ônibus aos domingos

Cada vez que o onibus se aproximava era aquela dor dilacerante.
Ela ficava espremendo as palpebras uma contra a outra... e se concentrava para nao chorar.
Ficava com os olhos aquosos. Mas nada dizia.
Ela era uma menina que tinha medo de assalto, verdade, mas não tinha de barata, de ver o seu time perdendo, embora morresse um pouquinho cada vez que davam o abraço na despedida.
Aquele maldito letreiro neon sempre vinha cortar-lhe a felicidade, gritava assim: " Ok estupida, o seu sonho esta acabando, vamos para PEDRO LEOPOLDO".
O beijo da despedida já guardava a maior saudade do mundo, mesmo estando um ao lado do outro ainda.
O abraço de despedida era um abraço triste.
Uma coisa assim esquisita. Nao era nada certo.
Como se morria por dentro. Como se morre por dentro.
E as pessoas do dia a dia sequer percebem que longe dele ela quase não sorri...não acha todas as coisas belas. Tampouco divertidas.
Nada longe dele fazia sentido e ela ficava com a cabeça debruçada na mesa esperando um outro dia, um dia em que nao houvesse acenos de "tchau tchau".
Durante a looooongo semana ela pensa que o mundo é cruel, e que todos são feios, amargos...
Mas quando se aproxima o esperado final de semana ela sorri. E ele a embala pra longe daquela ranzinza solidão.

P.S- Porque eu morro de saudades de você a semana inteira...

07 junho 2007

Desejos

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

P.S - Porque Drummond tem sido nosso companheiro desde o início, e ele sabe muito bem como nos descrever.
Amo você pra sempre!

06 junho 2007

I - Dos "tão pequenos" desentendimentos


As voltas pra casa depois de feriadões "conturbados" na serra do cipó sempre são as melhores..
Porque não há desentendimentos entre nós que durem mais do que um dia.
P.S¹ - Amo-te
P.S² - Ta bom, ta bom, confesso que não sou fã de Cesar Menotti e Fabiano, mas vem pro show!!!!! Please!!! rs

I - Da espera (parte II)


Te esperei a vida toda amor.
Achei que vc iria demorar...
Como de fato demorou...
Revendo ontem, como uma espécie de filme, quando nos reencontramos, vi como tudo já estava planejado.
Tínhamos tudo para escrever um roteiro adaptado e sermos premiados com ele.
Havia a moça de vestido rosa, o sorriso tímido, a pequena espiadela, a voz dela com um tom fino, os lábios dele querendo dizer "oi".
Note bem, tudo estava perfeitamente ajeitado.
O momento em que conversamos (finalmente)...e nos redescobrimos...
Você não me reconheceria... afinal eu sempre me reiventei.
Eu era praticamente uma reclusa.
Vivia em um mundo imaginário, uma vidinha amena, um ou outro sorrisinho, acreditava demais em certas pessoas, ah sim... e eu tinha que conviver com isso pelo resto da vida.
Mas aí... quando fomos "reapresentados" eu sorri.
E entendi a sutileza de pequenos detalhes que sempre estiveram ali.
Eu vi que meus dias poderiam ser emocionantes.
Que meu coração poderia quase sufocar quando te encontrasse.
Que meus amigos poderiam ser realmente leais.
Que a Gi, o Gu, Tatu, a Gabi, o Gui... seriam sempre meus "fiéis" escudeiros.
E que nada no mundo faria mudar o que eu sinto por eles.
Eu vi que minha vida poderia ser mais real, entende?
E que eu poderia enfrentar a vida, cheia de quedas, mas sorrindo até o fim do dia.
Que eu poderia forrar a porta do meu armário com fotos suas. (e em todas vc apareceria com aquele sorriso que sempre me quebra).
Que eu poderia te abraçar em plena Rodoviária e esse lugar se tornaria o mais poético.
Poderia ir te encontrar após um dia corrido no serviço, e vc reclamar um bocado dos seus colegas de trabalho, do expediente chato... eu dos meus colegas, tarefas.... mas rir no fim de tudo isso e dizer: "Amor, hj já é sexta".
Olha, te entregarei todas as horas... o meu melhor.
Terás a minha pureza.
A minha lealdade.
A minha risada desenfreada.
Meus olhos devidamente direcionados a vc e meus suspiros.
E não haverá dia nublado que possa nos atrapalhar.
P.S - Porque hoje ainda não é sexta.. mas já tem ares...

05 junho 2007

I give you my heart!


P.S - Porque apesar da morbidez, é muito expressivo .. rs

04 junho 2007

I - Da espera que valeu

Valeu ter te esperado... porque eu posso até exagerar no sal no jantar que faço, ou repetir várias vezes o macarrão de panela, mas você disfarça bem e me entrega um sorriso de aprovação.
Valeu ter te esperado porque com você não preciso ser perfeita, não preciso ocultar meus pequenos erros com máscaras, posso ser eu realmente.
Valeu ter te esperado porque agora os meus dias estão preenchidos.
Valeu ter te esperado porque mesmo antes de te conhecer já gostava de alguém que até então era imaginário, e depois descobri ser você...
Vc nunca foi um cara clichê, nunca censurou minha risada alta dentro do Emílio (bom, de repente apenas algumas vezes, mas com razão).
Valeu ter te esperado porque com você eu trocaria o "pra sempre" por cinco minutos (ao teu lado).
Valeu ter te esperado porque sempre quando apostamos uma lutinha eu venço..rs
E porque eu falo sobre o meu amor pelo Los Hermanos (e vc entende).
Valeu ter te esperado porque a Lapinha não é tão bela quanto eu descrevo aqui, mas quando você esta nela, tudo ganha cores, os farofeiros se mantém distantes, as árvores encostam o céu e eu sou mais feliz.
Valeu ter te esperado porque você tem gostos que completam os meus.
E valeu ter te esperado porque meu primeiro pensamento do dia é seu (e o último também).

P.S - Porque te amo desde sempre!